Uma velha dívida que a Justiça começa a saldar
Alguns já foram condenados, outros estão sendo julgados em oito processos, atualmente em curso, e nas próximas semanas haverá cinco novos processos em marcha. O jornal Pagina 12 traz um informe completo da marcha da Justiça argentina com respeito às violações dos direitos humanos durante a ditadura militar. Em várias cidades do país, acusados de tortura e assassinato estão enfrentando julgamentos.
Alejandra Dandan - Pagina12
Abre-se uma nova etapa de sustentações orais nos julgamentos dos delitos de lesa humanidade. Com a acumulação de causas e a perspectiva do início demorado das sustentações orais em Mendoza, nas próximas semanas começarão quatro novos processos. Ocorrerão em Santa Fé, San Rafael, Córdoba e Rosário. Para setembro está previsto o começo das sustentações orais relativas ao plano sistemático de apropriação de menores na Cidade de Buenos Aires. Em algumas das causas foram avaliados os crimes cometidos em centros clandestinos, e na de Mendoza vai se alegar o que os querelantes definem como “a estrutura de impunidade que impediu até agora o avanço dos processos”. À lista se soma as oito sustentações orais que seguem acontecendo atualmente no país e as cinco condenações de 2010.
Santa Fé, o começo
Nesta quarta-feira (22), começa o julgamento de Mario Facino, chefe da 4ª delegacia de Santa Fé até fins de 1976 e que depois ascendeu a chefe do Comando Radioelétrico até 14 de agosto de 1979. Será a terceira sustentação oral em processos dos crimes da ditadura e o primeiro que inclui a figura do jurídica “homicídio”, para a qual se prevê a pena de prisão perpétua. Facino irá a julgamento pelo sequestro e homicídio de Alicia López de Rodríguez, uma professora, militante das Ligas Agrarias, mãe de três filhos e esposa de um juíz, também militante, que a essa altura estava preso na prisão de Rawson. Ela foi sequestrada por um grupo de umas vinte pessoas, em 21 de outubro de 1976, quando estava na casa de sua sogra.
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