O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), reconhecido por sua excelência em saúde e inovação tecnológica, tem atuado de maneira cada vez mais firme no desenvolvimento sócioeconômico e ambiental de comunidades carentes do Rio de Janeiro. O Instituto criou o projeto Feira do Talento, um programa social com o objetivo de estimular a economia na Cidade de Deus. A próxima edição será neste sábado (17/7), das 14h às 21h, no supermercado Prezunic da Cidade de Deus (Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Morais 906). A Feira do Talento foi criada há quatro anos e funciona como uma vitrine para exposição e venda de trabalhos artesanais de moradores da comunidade. A feirinha cresceu e o que acontecia no pátio do Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos duas vezes ao ano, agora percorre várias regiões da cidade.
Artesãs que participam do projeto na Cidade de Deus |
Um dos beneficiados pelo projeto é a cooperativa Mulheres Eco-artesãs. O grupo produz bolsas e acessórios feitos com materiais recicláveis e vende na feira. Além de disponibilizar o espaço, Farmanguinhos agora associa sua marca à cooperativa. O empreendimento é uma forma de suprir a carência da comunidade e apoiar estratégias de geração de trabalho e renda para a população local. Uma consequência é a inibição de doenças decorrentes da pobreza.
Cada acessório das Mulheres Eco-artesãs terá uma etiqueta com a marca Farmanguinhos. A partir de agora, aqueles que comprarem os objetos, vão adquirir um produto com este selo de qualidade. Além disso, contribuirão para o desenvolvimento sócioeconômico local. A cooperativa pretende ampliar o mercado com produtos de baixo custo e qualidade garantida.
Outra vantagem é a contribuição para o meio ambiente, pois para confeccionar uma bolsa, por exemplo, são retiradas 32 garrafas pet das ruas. O que antes ia para o lixo, agora é transformado em arte e vira objeto de luxo. Segundo a coordenadora do projeto no Instituto, Magali Chuquer, o objetivo é desenvolver estratégias para a construção de uma sociedade mais justa. “O enfoque é atuar em comunidades, valorizando o trabalho artesanal com preservação do meio ambiente, que hoje é uma necessidade vital”, ressalta.
Publicado em 16/7/2010.
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