Este blog mudou de endereço...

ESTE BLOG MUDOU DE ENDEREÇO

AGORA CLIQUE AQUI:

HTTP://SERGIOAMOURA.BLOGSPOT.COM/

segunda-feira, 5 de julho de 2010

... os ricos cada vez mais isolados, e os pobres...

Pilhagem injusta

Não se trata de uma mera coincidência. Quando a maior parte dos ganhos do crescimento econômico fica com uma pequena fatia de cidadãos da elite, o resto não não tem o poder de compra para adquirir o que a economia é capaz de produzir. O salário médio dos EUA, ajustado à inflação, quase não mudou por décadas. Entre 2000 e 2007 ele na verdade despencou. Nessas circunstâncias, a única maneira da classe média manter seu poder de compra foi se endividando. A razão estrutural da Grande Depressão que ainda assombra os EUA é a explosão da desigualdade social. O artigo é de Robert Reich - The Nation.

O banditismo de Wall Street é a causa próxima da Grande Recessão, não sua causa de fundo. Mesmo se a “Rua” for melhor controlada no futuro (e eu tenho lá minhas dúvidas de que isso ocorrerá), a razão estrutural da Grande Recessão é o que ainda assombra a América. Esta razão é explosão da desigualdade americana.

Considere-se o seguinte: em 1928 os 1% dos americanos mais ricos recebiam 23,9% do total da renda nacional. Depois disso, a partilha dos 1% mais ricos declinou fortemente. As reformas do New Deal, seguidas pela Segunda Guerra Mundial, o G.I.Bill e a Great Society expandiram o círculo da prosperidade. Em fins dos anos 1970 os 1% mais ricos representavam apenas 8 a 9% do total da renda anual da América. Mas depois disso a igualdade começou a aumentar de novo, e a renda reconcentrou-se acima.

Por volta de 2007 os 1% mais ricos estavam de volta aonde estiveram em 1928 – com 23,5% do total. As duas maiores quebras econômicas da América ocorreram nos anos imediatamente subsequentes a esses pontos máximos – em 1929 e em 2008. Não se trata de uma mera coincidência. Quando a maior parte dos ganhos do crescimento econômico ficam com uma pequena fatia de estadunidenses da elite, o resto não não tem o poder de compra para adquirir o que a economia é capaz de produzir. O salário médio dos EUA, ajustado à inflação, quase não mudou por décadas. Entre 2000 e 2007 ele na verdade despencou. Nessas circunstâncias, a única maneira da classe média manter seu poder de compra foi se endividando, como o fez com gosto. Enquanto os preços das moradias aumentaram, os americanos transformaram seus lares em caixas eletrônicos. Mas esse tipo de empréstimo tem limites. Quando a bolha da dívida finalmente explodiu, um vasto número de pessoas não pôde pagar suas contas, e os bancos não puderam receber.


Nenhum comentário: