Manuel Castells: 'O negócio do Google é vender liberdade'
- 12/07/2010 |
- Horacio Bilbao*
- IHU - Instituto Humanitas Unisinos
Convidado pela Fundação OSDE e pela Universidade Nacional de San Martín, na Argentina, o sociólogo espanhol passou por Buenos Aires para falar sobre "Comunicação e poder na sociedade em rede", tema de seu último livro. Ele explicou conceitos como a automediação e a autocomunicação e disse que o "Twitter é fantástico para fazer a revolução, mas quando é preciso explicar o programa revolucionário vamos para o Facebook".
Especialistas da comunicação, pesquisadores, jornalistas, os participantes de sempre e alguns figurões inclassificáveis compunham o auditório que, na sede portenha da Fundação OSDE, se dispôs a ouvir o sociólogo espanhol Manuel Castells.
Entre todos, talvez tenha sido Gustavo Grobocopatel, o homem estigmatizado com o título de rei da soja, que recebeu a maior quantidade de cumprimentos e de agradecimentos pela sua presença nessa conferência magistral sobre "Comunicação e poder na sociedade em rede", um tema com o qual ele vem lidando quase tanto tempo quanto com sua banda de folclore que se poderia chamar Los Grobo [um dos maiores grupos produtores de grãos do mundo], mas se chama Cruz del Sur.
Sabiamente puntual, o antropólogo Alejandro Grimson se encarregou de chamar o orador da noite. Contou rapidamente que Alain Touraine havia sido seu mentor, e que Castells estava entre os cinco teóricos sociais mais referenciados dos últimos tiempos, ao lado de figuras como Habermas, Giddens, Sassen e Beck.
Ele mencionou várias vezes a sua arquiconhecida trilogia "A era da informação", mas deixou claro que Castells chegou a Buenos Aires para apresentar seu último trabalho, "Comunicación y poder", um texto ainda não editado na Argentina que, segundo seu autor, é o resultado de uma pesquisa de dez anos. De resultado incerto, diria o próprio Castells, já que "tão logo como a tinta se seca começo a mudar de ideia".
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