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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Uma frente de combate na formação humana das crianças

Olimpíadas 2016 e a Educação Física Escolar

 
“Durante quatro anos procuramos descobrir quem controla o esporte, para onde vai o dinheiro e porque um mundo considerado belo e puro há dez anos tornou-se antidemocrático, obscuro, cheio de drogas e acabou leiloado para servir ao marketing das companhias multinacionais” Simon e Jennings, Os Senhores dos Anéis, 1992.


Terão se passado oitenta anos da primeira tentativa em sediar uma Olimpíada, quando daqui a sete anos, o “pontapé inicial” for dado na Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil, como com propriedade é decantado o Rio de Janeiro. Estima-se que sete em cada dez reais alocados para o evento venham do poder público federal, estadual e municipal, o que por si só já traria uma monumental preocupação, não obstante ser quase um escárnio quando nos deparamos com a degradada estrutura existente nos equipamentos públicos, dentro ou fora das escolas, assim como a aviltante condição material de vida de grande parte dos Trabalhadores em Educação espraiados pelo país!
 
Em que pese a convergência de interesses de incontáveis referências do esporte, seja pelos atletas, dirigentes, veículos de comunicação, entusiastas, gestores das três instâncias de governo, assim como representantes do legislativo a exaltarem os aspectos positivos da candidatura ora homologada com o mais alto orçamento das cidades candidatas, estimado em R$ 28 bilhões, para aqueles que militam no âmbito da educação física escolar, a problematização do contraditório caráter desta escolha está em curso: a lógica do olimpismo como referência não só para o esporte, mas também a sua nefasta influência no espaço escolar!

O caráter eminentemente vinculado ao negócio associa – Os Senhores dos Anéis Olímpicos -, a uma concepção na qual tudo tem um preço, se compra ou se vende. Parâmetro que não pode estar presente no espaço de formação humana, que não aceita a naturalização da barbárie, e se contrapõe à mesma ao ampliar o lastro intelectual com ferramentas teóricas com vistasa criar condições de entendimento e explicação na busca de saltos qualitativos necessários na trajetória da emancipação dos Homens e Mulheres!

Faz-se necessário discernirmos ser o Esporte uma prática social organizada, permeada por conflitos e interesses inerentes aos processos de luta política, reconhecer também seu caráter polissêmico, não só pelo aparato legal que explicita manifestações distintas desta hegemônica, como aquela vinculada ao lazer, e outra que se situa no limiar do sistema esportivo com o sistema educacional.

O que não se pode fazer é apresentar ao conjunto da sociedade, sob pena de agirmos em um processo claro de desonestidade intelectual e política, no qual a ingenuidade e os mercadores da vida, travestidos no esporte e na educação se associam, vociferam seus interesses e colocam no colo da Escola e em especial no conjunto dos Trabalhadores em Educação Física, a responsabilidade da anacrônica “base da pirâmide esportiva”, já superada na compreensão contemporânea da Área de conhecimento, presente, entretanto nas manifestações que preponderam no amplo arco de aliança que celebra a vinda não só da Olimpíada 2016, mas também a Copa do Mundo em 2014!

Respeito a Diversidade, o necessário distanciamento do “mais rápido, mais forte e mais alto”, devem balizar o Projeto Político-Pedagógico no qual a Educação Física escolar se insere, em um espaço público de ampla socialização daquilo que a humanidade elaborou e sistematizou ao longo de sua história!
 
Ao reafirmar um não ao Olimpismo como parâmetro, contrapomo-nos ao projeto societário que tem o mercado como mediador das relações humanas, colocamo-nos ombreados aos amplos setores ligados à Luta Popular pela democratização, universalização e garantia dos direitos sociais, os quais a Educação, o Lazer e o Esporte de forma ampliada devem fazer parte da cesta
básica da cidadania em nosso país.
Roberto Liao Júnior
http://observatoriodoesporte.org.br/olimpiadas-2016-e-a-educacao-fisica-escolar/

Percursos Urbanos convida grupos para circular por Fortaleza...

ONG Mediação de Saberes e Centro Cultural Banco do Nordeste convidam novos grupos para o projeto Percursos Urbanos. Uma oportunidade para aprender e trocar experiências nos espaços da cidade. 


Abanda - Fundação Casa Grande...

... memorial do homem kariri





Criado no programa de Arte no laboratório de música da Fundação Casa Grande, juntamente com o produtor musical e percussionista André Magalhães o espetáculo Rua do Vidéo é um musical que mostra o olhar da Abanda sobre a região do Cariri, utilizando-se do áudio visual e de trilhas musicais para realizar um passeio pelas ruas e cidades da região.
Abanda faz uma leitura das linguagens popular, introduzindo arranjos e imagens neste diverso mundo cultural. Com Aécio Diniz (baixo e percussão), Samuel Macedo, (guitarra e violão) Hélio Filho (bateria e percussão) e Rivaldo Sousa (percussão). O grupo estuda junto desde a infância no laboratório de música da Fundação. Com o conhecimento que cada um vem adquirindo transformam a música em uma ferramenta para a construção social de crianças e jovens, com influência nas origens do seu povo influência vinda também do contato com os músicos que admiram e outros tantos com quem já tocaram, como Gilberto Gil e Jefferson Gonçalves, Heraldo do Monte, Arismar do Espirito Santo, André Magalhães e outros complementadas pela experiência das viagens Brasil afora e das duas turnês internacionais, pela Alemanha e Itália.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SENTENÇA DO JUIZ QUE SE SENTIU OFENDIDO ...

 
 
Lembra daquele Juiz de Niterói que entrou na Justiça contra o condomínio em que mora, por causa  do tratamento de "você" dado pelo porteiro?
 
Pois é, saiu a sentença.
O importante é o final da sentença.
 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMARCA DE NITERÓI - NONA VARA CÍVEL
Processo n° 2005.002.003424-4
 
S E N T E N Ç A
 
Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LUÍZA VILLAGE e JEANETTE GRANATO, alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de "senhor".
Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de "Doutor", "senhor" "Doutora", "senhora", sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos.
 
(...)
 
DECIDO.
 
"O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter." (Noberto Bobbio, in "A Era dos Direitos", Editora Campus, pg. 15).
 
Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo. Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito. Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito. Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade. O cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo Requerente.
 
Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude.
 
Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida.
 
"Doutor" não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, e mesmo assim no meio universitário. Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de "doutor", sem o ser, e fora do meio acadêmico. Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa de homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame. Por outro lado, vale lembrar que "professor" e "mestre" são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado. (grifo do blogueiro)
 
Embora a expressão "senhor" confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e  possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir.
 
O empregado que se refere ao autor por "você",  pode estar sendo cortês, posto que "você" não é pronome depreciativo. Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação. Fala-se segundo sua classe social.
 
O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe "semi-culta", que sequer se importa com isso.
 
Na verdade "você" é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso "Vossa Mercê".
 
A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome "você",
devem ser classificados como formais.
 
Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de "seu" ou "dona", e isso é tratamento formal.
 
Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/ a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente.
 
Na edição promovida por Jorge Amado "Crônica de Viver Baiano Seiscentista", nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que "você" é tratamento cerimonioso.
Rio de Janeiro/São Paulo, Record, 1999).
 
Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse. A própria Presidência da República fez publicar Manual de Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes.
 
Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido. Por isso que se diz que a alternância de "você" e "senhor" traduz-se numa questão sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais.
 
Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.
 
Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor,  julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa. P.R.I.
 
Niterói, 2 de maio de 2005.
ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO
Juiz de Direito

Conheça esse site...

Cinema nacional em cartaz nas escolas

Projeto de lei em tramitação no Senado prevê a mostra de pelo menos duas horas mensais de filmes nacionais em escolas públicas e privadas

A exibição de filmes nacionais em todas as escolas brasileiras, públicas e privadas, que atendem crianças e jovens, com idades entre 4 e 18 anos, pode se tornar obrigatória. O Projeto de Lei 185/2008, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) em tramitação no Senado Federal prevê a exibição de no mínimo duas horas mensais de filmes de produção nacional. A obrigatoriedade é apresentada como componente curricular da educação infantil, ensino fundamental e médio.
A proposta segue em caráter conclusivo na Comissão de Educação, Esportes e Cultura do Senado e pode ser aprovada nas próximas semanas, sem necessidade de passar por votação em plenário. Depois segue para a aprovação na Câmara dos Deputados.

De acordo com Buarque, a ideia é que crianças e adolescentes em idade escolar tenham acesso ao cinema. Para o senador, o ideal seria que as escolas fossem palcos de outras manifestações artísticas. “Se pudesse ter uma orquestra sinfônica ou teatro em todas as escolas seria ótimo. Mas é muito caro. O cinema é barato porque pode ser passado até pelo DVD”, diz.

Com cuidado
A ideia de usar o cinema nas escolas não é nova. O uso de filmes como recurso pedagógico ocorreu desde a disseminação do...

Leia na íntegra: http://www.gazetadopovo.com.br/ensino/conteudo.phtml?tl=1&id=976356&tit=Cinema-nacional-em-cartaz-nas-escolas

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

10 táticas para transformar informação em ação


10 tactics for turning information into action (Trailer) from Tactical Technology Collective on Vimeo.

As 10 táticas para transformar informação em ação


1. Mobilize pessoas
2. Testemunhe e grave
3. Visualize sua mensagem
4. Amplifique histórias pessoais
5. Adicione humor
6. Investigue e exponha
7. Saiba trabalhar dados complexos
8. Use a inteligência coletiva
9. Permita que as pessoas façam perguntas
10. Administre seus contatos

III SIRTRE - BELO HORIZONTE-MG

III Simpósio Internacional Trabalho, Relações de Trabalho, Educação e Identidade
17 a 21 de maio - Belo Horizonte-MG


Período para inscrições: de 03/02 até 16/05.

Submissão de trabalhos: de 12/02 até 28/03.

Parecer: 10/04.
Resultado avaliação de trabalhos: 15/04.
TAXAS PARA INSCRIÇÃO
ModalidadeSem submissão de trabalhoCom submissão de trabalho
EstudantesR$ 50,00R$ 100,00
ProfissionaisR$ 90,00R$ 140,00
Estudantes de graduação e professores da rede pública, para videoconferência em Ouro Preto e Mariana, com inscrição na secretaria do Departamento de Educação da UFOP: R$ 10,00 (CAs e ICHS).

GARANTA JÁ A SUA INSCRIÇÃO: clique aqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SIMPÓSIO NACIONAL DE GÊNERO E INTERDISCIPLINARIDADES

I SINAGI - SIMPÓSIO NACIONAL DE GÊNERO E INTERDISCIPLINARIDADES: gênero, educação e linguagens 
 
de 08 a 10 de março de 2010


Universidade Federal de Goiás - Campus  Catalão-GO.



Mais informações também pelo site: 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Amigos da Siesta e a Aprendizagem


Cochilar(no Bom Sentido) Ajuda na Aprendizagem.

 Agência FAPESP – Espanhóis, mexicanos e habitantes de diversos outros países costumam tirar uma boa “siesta” logo após o almoço. Mas o hábito não ajuda apenas a descansar e a fugir do calor do meio do dia. Cochilar também estimula a aprendizagem, segundo indica um novo estudo.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, foi apresentada neste domingo (21/2) na reunião anual da American Association of the Advancement of Science (AAAS), em San Diego, nos Estados Unidos.

De acordo com o trabalho, uma hora de cochilo durante o dia é capaz de restaurar e até mesmo de ampliar os processos cognitivos. Por outro lado, quanto mais horas um indivíduo permanecer acordado, mais “preguiçoso” se torna o seu cérebro – perder uma noite de sono derrubaria a capacidade de armazenar novas informações em cerca de 40%.

“O sono não apenas corrige os prejuízos decorrentes de longos períodos de privação do sono, mas, em nível neurocognitivo, leva a aprendizagem para além de onde estava antes da soneca”, disse Matthew Walker, um dos autores da pesquisa.

Os pesquisadores examinaram 39 adultos jovens, divididos em dois grupos, um dos quais cochilava à tarde. Ao meio dia, todos os participantes foram submetidos a rigorosos exercícios de aprendizagem com o objetivo de estimular o hipocampo, região do cérebro que atua no armazenamento de memórias. Os resultados dos dois grupos foram equivalentes.

Às 14h, o primeiro grupo começou um período de sono médio de 90 minutos, enquanto o outro permaneceu acordado. Às 18h, os dois grupos foram submetidos a nova rodada de exercícios. O grupo que ficou desperto teve rendimento pior em relação à rodada anterior, enquanto que aqueles que cochilaram não apenas foram melhor como apresentaram ganhos na capacidade de aprendizagem.

Segundo os pesquisadores, os resultados reforçam a hipótese de que o sono é necessário para “limpar” a memória de curto prazo, de modo a liberar espaço para novas informações. De acordo com o estudo, tais memórias são armazenadas inicialmente no hipocampo antes de serem enviadas ao córtex pré-frontal, que tem mais espaço de armazenamento.

“É como se a caixa de entrada de e-mails estivesse cheia e, até que seja limpa, por meio do sono, não será possível receber mais mensagens”, disse Walker.

Segundo os autores do estudo, esse processo de atualização ocorre na fase 2 do sono não REM (sigla para “movimentos oculares rápidos”), que se encontra entre o sono profundo (não REM) e o estado em que os sonhos ocorrem (REM).

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley pretendem investigar se a redução de sono experimentada à medida que as pessoas envelhecem está relacionada à diminuição na capacidade de aprendizagem com a idade.

Skank pra você!!!

Uma provocação aos gostadores de criação de desenhos, formas, imagens, etc...

...preste atenção nessa proposta...

 Ecologia Interior: Deixe de ser infantil e volte logo a ser criança

Por Américo Canhoto

Uma criança é capaz de permanecer horas maravilhada com a beleza de uma joaninha; observando o vai vem das formigas á cata de comida; embevecer-se com o canto de um pássaro; deslumbrar-se com a paisagem – mas, á medida que o tempo passa; a educação e a cultura retiram dela a sensibilidade e a doçura; substituindo-a cada vez mais rápido pelas sensações; não raro em desgoverno – a capacidade de sentir e deslumbrar-se com o milagre da vida é substituída pela governança das necessidades nem sempre necessárias e pela ditadura da insatisfação mórbida, acalentada nas estufas das coisas dos interesses da moda.
Tal e qual as frutas deveríamos amadurecer no “pé da vida” e não “encaixotados” numa forma de viver utilitarista.
Viver é educar-se; mas, quase tudo em que o homem põe a mão, é contaminado pelo fungo da inveja e do egoísmo – a educação atual quase não permite que as pessoas envelheçam com a maturidade esperada pela sucessão de momentos vividos e pelas experiências. Se, ao menos; no final da existência recuperássemos o sorriso fácil; a espontaneidade; a doçura; a sensibilidade; mesmo que, ás vezes, apresentemos algumas inevitáveis birras.
Cuidado:
Hoje, envelhecer não significa necessariamente tornar-se uma pessoa mais madura; muitos de nós, nos assemelhamos a determinadas frutas: apodrecemos, mas não amadurecemos…
Duvida?
Observe como a maior parte dos adultos tem atitudes infantis, imaturas, egoístas e pouco responsáveis. Preste atenção que os verá fazendo birra; Exemplo, analise um depressivo: ele está de mal de Deus; da vida; com os em torno; ele queria um brinquedo chamado realização e felicidade; mas, se o tinha; quebrou; jogou fora; o desprezou e o quer de volta.
Vigie, que você vai surpreender até o seu pai e sua mãe agindo como crianças birrentas quando as coisas não correm conforme eles desejavam (aproveite para fazer uma gozação – tal e qual fizeram com você na infância).
Qual seria o motivo, ou os motivos, que impedem as pessoas de amadurecer psicologicamente? (amadurecer não é envelhecer; pois uma coisa é diferente da outra).
O que é a tal da maturidade?
Será que um dia estaremos totalmente maduros?
O jeito mais fácil de entender a maturidade é enxergá-lo como um caminho a ser percorrido; e não uma meta. Provavelmente; nesta atual safra; nunca estaremos totalmente maduros.
Dica?
Quando temos quase certeza de que não somos nem menos do que imaginávamos; nem mais do que pensávamos ser. Quando percebemos com clareza que não somos nem melhores nem piores do que os outros. Que somos apenas nós mesmos; talvez desse ponto em diante; nós começamos a amadurecer; compartilhando.
Como não virar um adulto com atitudes infantis?
O primeiro passo, é não acreditar totalmente nos adultos; pois, durante nossa vida, a maioria vai tentar nos passar o conceito de que para atingir maturidade com dignidade é preciso; perder a pureza de coração; camuflar os interesses; ralar na vida; apanhar bastante; errar muito para aprender; gerar riquezas; consumir muito; aproveitar os prazeres da existência; e coisas do gênero.
Não é totalmente mentira nem absolutamente verdade, as pessoas não percebem; mas, as que cultivam a dor e o prazer a todo custo como caminho da maturidade, estão apenas justificando sua própria falta de capacidade em amar.
Parece a coisa mais difícil de ser atingida a tal da maturidade mas não é; parece para quem pensa pouco; mas não é; e até assusta de tão fácil.
Um dos primeiros passos, é ficar ligado, vigiar muito, para assumir todas as conseqüências das escolhas que fizer, e das atitudes que tomar – essa, é uma das marcas registradas da fase infantil que deve ser substituída pela consciência sem perder a inocência.
Isso, chama-se responsabilidade adquirida de vontade própria.
Não há desenvolvimento da maturidade sem o paralelo desenvolvimento do senso de responsabilidade. Primeiro sobre si mesmo, seu corpo, sua vida sua existência. E depois sobre o organismo dos em torno; a qualidade de vida do próximo; e cuidar da sanidade do meio ambiente.
Não assumir, desculpar-se, culpar os outros, jogar nas costas do destino, da sorte, do azar; aí está o maior foco da doença “ferrugem mental” que tem como sintomas principais a manutenção a qualquer preço e custo dos objetivos da criancice cretina; cujas crias transgênicas são desenvolvidas no laboratório chamado educação; que só visa a instrução; elas são: o medo; a mentira; o suborno; a chantagem; a desonestidade.

Para alcançar a cura da maturidade tão comprometida no meio de tantas informações; desejos; necessidades desnecessárias; contra-informações; desmentidos e jogo de interesses – neste mundo cada vez mais maluco e padronizado; onde milhares de pessoas a todo momento querem nos “vender” soluções para problemas que nem criamos ainda – um dos remédios é recuperar a defesa infantil que preserva a pureza; a espontaneidade; a capacidade de embevecer-se com as coisas simples mantendo a pureza de coração:
“Entra por um ouvido e sai pelo outro…”
Perdeu-se no tempo a informação a respeito de quem teve a idéia que palavras educam – os adultos parecem um papagaio alucinado; o tempo todo maritacando no ouvido das crianças coisas muito malucas; pois, pensamos uma coisa; dizemos outra e fazemos tudo diferente – sua defesa é natural: só ouve o que realmente interessa.
Uma das mais belas e necessárias qualidades infantis é a audição seletiva – a do adulto deve vir acompanhada da arte de discernir; filtrando.
Quando assim o deseja a criança; faz com que as palavras e a informação entrem por um ouvido e saiam pelo outro – é urgente resgatar essa artimanha natural para manter a sanidade psicológica e a integridade física – pois, na atualidade nossos pais e mães foram substituídos, com muito perigo, pela mídia de ação rápida.
Para preservar a diversidade da vida em Gaia é preciso, e urgente, recuperar a alma infantil; pois, se não nos embevecermos com a natureza tal e qual ela é; viveremos num arremedo de planeta como covers de seres humanos de fato. Se continuarmos de olhos fechados e ouvidos moucos aos lamentos de todos os tipos de vida que dividem conosco o planeta; se permanecermos entretidos no videogame da tecnologia e dos interesses de consumir os recursos planetários; aguardemos dias de trovão.

Nosso lado criança passa a assumir um papel dos mais importantes na vida contemporânea – a continuidade da nossa vida corpórea aqui; não aceitará desculpas nem justificativas – mudar é muito fácil; basta abrir as portas do coração e liberar nossos mais puros sentimentos – Prá começar; que tal deixar de usar o santo nome de Deus em vão; e voltar a chamá-lo carinhosamente: Papai do Céu?

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

...Utilidade pública aos docentes

COMPUTADOR PARA TODOS OS PROFESSORES DE REDES PÚBLICAS E PRIVADAS DE QUALQUER NÍVEL DE ENSINO

Projeto abrange todo o país


Vencida, com sucesso, a fase de testes iniciada em 31/08/09 em 64 municípios, o Projeto Computador Portátil para Professores é estendido agora a todos os municípios brasileiros. E o Governo Federal escolheu justamente o Dia do Professor (15 de outubro) para proporcionar a toda essa valiosa categoria os benefícios do Projeto, permitindo a aquisição facilitada de notebook, conforme especificado nesse site. Sendo assim, todo professor, das redes públicas e privadas e de todos os níveis de ensino, que deseje aderir ao Projeto deve procurar uma agência dos Correios, do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal para providenciar seu pedido de compra, seguindo os roteiros do Projeto. O Correio, como integrador logístico, encaminhará o pedido ao fabricante escolhido, buscará o equipamento junto à indústria e o entregará no endereço definido pelo professor. Com esse Projeto, o Governo Federal espera incluir digitalmente todo um universo de profissionais que se dedicam à educação, contribuindo, com isso, para a melhoria da qualidade do ensino brasileiro.

Conheça o material informativo do Projeto, clique aqui.

http://www.computadorparaprofessores.gov.br/

Saúde e tecnologia - a voz do passado e do presente...


Mestre e referência para os médicos gaúchos, Mário Rigatto foi também profético ao prever, nos anos 70, que a tendência da Medicina para o futuro seria o “calote na natureza”, quer dizer, comer e não engordar, ter corpo definido sem fazer exercícios, etc. Mesmo ocorrendo casos com consequências trágicas, como as mortes por complicações da lipoaspiração, isso não tem inibido a imensa procura por esses procedimentos, o que sinaliza um comportamento social persistente. Por trás dessa postura, supõe-se presente a confiança na tecnologia a ponto de que o risco de acidentes (por embolia gordurosa) é interpretado como “probabilidade estatística”, em que índices de erro, percentualmente, não assustam tanto.


Da mesma forma que assumimos riscos individuais em função de expectativas de auto-estima, tendemos também a negligenciar riscos à saúde coletiva dos quais somos alertados, há décadas, por sanitaristas, em relação à qualidade do ar e da água, partes de um mesmo ciclo. Assim como não há tecnologia, no mundo, capaz de impedir a ocorrência de infecção hospitalar – causada pela inevitável resistência dos microorganismos a toda gama de medicamentos de largo uso – já sabemos também que não há, hoje em dia, condições técnicas de preservar a qualidade do ambiente exposto ao somatório de dejetos químicos e biológicos lançados em terra, ar e água continuamente. Pesquisas sobre contaminação das águas (Águas Doces no Brasil, por A. Rebouças, B. Braga e J. Tundisi), revelam a existência de substâncias capazes de induzir efeitos carcinogênicos, mutagênicos e teratogênicos, ou seja, com riscos à nossa saúde e à das futuras gerações.

Ciência e tecnologia tem nos ajudado a nível individual, identificando substâncias úteis à saúde (como a uva contra o colesterol e chuchu contra a hipertensão), mas estamos perdendo o controle sobre as condições mais básicas de saúde pública que são o que fazer com o lixo, com os esgotos, com os poluentes químicos. Se nas bacias do Guaíba, do Sinos e do Gravataí, das quais depende quase metade da população do Estado, a vida está difícil para os peixes, os seres humanos são os próximos a serem afetados.

Não há mágica, nem qualquer recurso científico capaz de restituir às condições propícias originais a terra, o ar e a água afetados pelos somatórios de acúmulos de resíduos do nosso atual padrão de consumo – para os quais quem se dispõs a calcular revelou que seriam necessários quatro planetas, nas condições de uso atuais. Mais racional será redirecionarmos nossas pesquisas e investimentos para “tecnologias limpas” e prevenir ao invés de remediar males previsíveis à saúde pública. Por tudo isso, quando se classificam como “utopias” os apelos à preservação e ao uso racional dos recursos naturais, há que se esclarcer que fantasioso, de fato, é imaginar que possamos usufruir de todos os prazeres ao sabor dos nossos recursos tecnológicos, indiscriminadamente, como se tivéssemos não só quatro planetas, mas também quatro fígados, oito rins e oito pulmões.

Montserrat Martins, Psiquiatra, é colaborador e articulista do EcoDebate.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br

EcoDebate, 19/02/2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

... se me acusar eu xingo!!!

... interessante assistir esse bate-boca, só pra não esquecermos que essas raposas já procriaram e se você ainda não percebeu... várias raposinhas estão saracutiando pelas câmaras municipais, assembléias legislativas do nosso país.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

... conflitos na Romania...


Vezi mai multe din Documentare, Science & Tech pe 220.ro

Cuba é uma ditadura?

As circunstâncias históricas levaram Cuba a restringir liberdades. Mas seu sistema político deveria ser analisado sem endeusamento do modelo liberal, no qual a existência de direitos formais não representa garantias para um funcionamento democrático baseado na participação popular.

Breno Altman é jornalista, diretor do site Opera Mundi (www.operamundi.com.br)


O novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues (Folha de S.Paulo), no último dia 11/02, respondeu afirmativamente à pergunta que faz as vezes de título desse artigo. Com ressalvas de contexto, identificando no longo bloqueio norte-americano uma das causas do que chamou de "fechamento político", Dutra assumiu a mesma definição dos setores conservadores quando abordam a natureza do regime político existente na ilha caribenha.
Essa discussão é um capítulo importante na agenda da contra-ofensiva à hegemonia do pensamento de direita. Afinal, a possibilidade do socialismo foi estabelecida pelos centros hegemônicos não apenas como economicamente inviável e trágica, mas também como intrinsecamente autoritária.

Quando o colapso da União Soviética permitiu aos formuladores do campo vitorioso declarar o capitalismo e a economia de livre-mercado como o final da história, de lambuja também fixaram o sistema político vigente na Europa Ocidental e nos Estados Unidos como a única alternativa democrática aceitável.

Não foram poucos os quadros de esquerda que assumiram esse conceito como universal e abdicaram da crítica ao funcionamento institucional dos países capitalistas. Alguns se arriscaram a ir mais longe, aceitando esse modelo como paradigma para a classificação dos demais regimes políticos.

Na tradição do liberalismo, base teórica da democracia ocidental, a identificação e a quantificação da democracia estão associadas ao grau de liberdade existente. Quanto mais direitos legais, mais democrático seria o sistema de governo. No fundo, democracia e liberdade seriam apenas denominações diferentes para o mesmo processo social.

Pouco importa que o exercício dessas liberdades seja arbitrado pelo poder econômico. As disputas eleitorais e a criação de veículos de comunicação, por exemplo, são determinadas em larga escala pelos recursos financeiros de que dispõem os distintos setores políticos e sociais.

No modelo democrático-liberal, afinal, os direitos formais permitem o acesso irrestrito das classes proprietárias ao poder de Estado, que podem usar amplamente sua riqueza para mercantilizar a política e seus instrumentos, especialmente a mídia. Basta acompanhar o noticiário político para se dar conta do caráter cada vez mais censitário da democracia representativa.

A revolução cubana ousou ter entre suas bandeiras a criação de outro tipo de modelo político, no qual a democracia é concebida essencialmente...

Leia na íntegra: http://www.cartamaior.com.br/

Uma revista digital free

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

belo.

Nuit Blanche




Nuit Blanche from Spy Films on Vimeo.

Mais uma ação em direção da democratização do acesso à informação

Vídeos para pesquisa e ensino

Agência FAPESP - O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou o Zappiens.br, serviço gratuito de distribuição de vídeos com conteúdo científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa.
A novidade foi feita em parceria com o Arquivo Nacional, a Universidade de São Paulo (USP), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), de Portugal.
 
Inicialmente, os interessados encontrarão disponíveis para consulta materiais do próprio CGI.br, da USP e do Arquivo Nacional, como os Cinejornais - noticiários transmitidos em cinemas brasileiros entre as décadas de 1930 e 1970.
O Zappiens.br oferece a oportunidade de reunir e tornar público acervos raros e exclusivos, que podem ser utilizados como fonte para estudo e pesquisa. "Com acesso gratuito, o objetivo é disseminar cultura, informação científica e tecnológica entre diversas comunidades", disse Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br.

"O Portal Zappiens.br, ao disponibilizar os cinejornais da Agência Nacional, irá proporcionar ao cidadão a oportunidade de acessar e pesquisar na web um rico acervo de imagens em movimento, que retratam a história de nosso país", disse Jaime Antunes da Silva, diretor-geral do Arquivo Nacional.
A iniciativa é fruto da comissão de trabalhos de conteúdos digitais do CGI.br, que identificou a necessidade da implementação de repositórios de vídeos para uso público, tanto para pesquisa como para o ensino em geral. O Zappiens.br tem um sistema de busca apurado, que funciona tanto por meio de palavras-chave como por tags, facilitando a organização dos conteúdos. Além disso, não há limite de tamanho para os arquivos de vídeo.
A ferramenta será fomentada por meio de acordos com diversas organizações. "O Zappiens.br está aberto e em busca de novas parcerias e acordos de cooperação com instituições públicas, universidades e empresas que disponham de acervos em vídeo", disse Faulhaber.

Mais informações: http://zappiens.br

A Sociedade Mundial da Cegueira

Qui, 18/Fev/2010
Leonardo Boff 


O poeta Affonso Romano de Sant'Ana e o prêmio Nobel de literatura, o portugues José Saramago, fizeram da cegueira tema para críticas severas à sociedade atual, assentada sobre uma visão reducionista da realidade. Mostraram que há muitos presumidos videntes que são cegos e poucos cegos que são videntes.

Hoje propala-se pomposamente que vivemos sob a sociedade do conhecimento, uma espécie de nova era  das luzes. Efetivamente assim é. Conhecemos cada vez mais sobre cada vez menos. O conhecimento especializado colonizou todas as áreas do saber. O saber de um ano é maior que todo saber acumulado dos últimos 40 mil anos. Se por um lado isso traz inegáveis benefícios, por outro, nos faz ignorantes sobre tantas dimensões, colocando-nos escamas sobre os olhos e assim impedindo-nos de ver a totalidade.

O que está em jogo hoje é a totalidade do destino humano e o futuro da biosfera. Objetivamente estamos pavimentando uma estrada que nos poderá conduzir ao abismo. Por que este fato brutal não está sendo visto pela maioria dos especialistas nem dos chefes de Estado nem da grande mídia que pretende projetar os cenários possíveis do futuro? Simplesmente porque, majoritariamente, se encontram enclausurados em seus saberes específicos nos quais são muito competentes mas que, por isso mesmo, se fazem cegos para os gritantes problemas globais.

Quais dos grandes centros de análise mundial dos anos 60 previram a mudança climática dos anos 90?  Que analistas econômicos com prêmio Nobel, anteviram a crise econômico-financeira que devastou os países centrais em 2008? Todos eram eminentes especialistas no seu campo limitado, mas idiotizados nas questões fundamentais. Geralmente é assim: só vemos o que entendemos. Como os especialistas entendem apenas a mínima parte que estudam, acabam vendo apenas esta mínima parte, ficando cegos para o todo. Mudar este tipo de saber cartesiano desmontaria hábitos científicos consagrados e toda uma visão de mundo.

É ilusória a independência dos territórios da física, da química, da biologia, da mecânica quântica e de outros. Todos os territórios e seus saberes são interdependentes, uma função do todo. Desta percepção nasceu a ciência do sistema Terra. Dela se derivou a teoria  Gaia que não é tema da New Age mas resultado de minuciosa observação científica. Ela oferece a base  para políticas globais de controle do aquecimento da Terra que, para sobreviver, tende a reduzir a biosfera e até o número dos organismos vivos, não excluidos os seres humanos.

Emblemática foi a COP-15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague. Como a maioria na nossa cultura é refém do vezo da atomização dos saberes, o que predominou nos discursos dos chefes de Estado eram interesses parciais: taxas de carbono, níveis de aquecimento, cotas de investimento e outros dados parciais.  A questão central era outra: que destino queremos para a totalidade que é a nossa Casa Comum? Que podemos fazer coletivamente para garantir as condições necessárias para Gaia  continuar habitável por nós e por outros seres vivos?

Esses são problemas globais que transcendem nosso paradigma de conhecimento especializado. A vida não cabe numa fórmula, nem o cuidado numa equação de cálculo. Para captar esse todo precisa-se de uma leitura sistêmica junto com a razão cordial e compassiva, pois é esta razão que nos move à ação.

Temos que desenvolver urgentemente a capacidade de somar, de interagir, de religar, de repensar, de refazer o que foi desfeito e de inovar. Esse desafio se dirige a todos os especialistas para que se convençam de que a parte sem o todo não é parte. Da articulação de todos estes cacos de saber, redesenharemos o painel global da realidade a ser comprendida, amada e cuidada. Essa totalidade é o conteúdo principal da consciência planetária, esta sim, a era da luz maior que nos liberta da cegueira que nos aflige.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A EDUCAÇÃO NA ARTE DE SEBASTIÃO SALGADO

Fotojornalista, Sebastião Salgado é um dos mais respeitados e sensíveis fotógrafos da atualidade, dedicando-se ao registro da vida dos excluídos em todo o mundo. 

 

  

Obras

Trabalhadores (1996) ISBN 8571645884
Terra (1997) ISBN 8420428744
Serra Pelada (1999) ISBN 2097542700
Outras Américas (1999) ISBN 8571649030
Retratos de Crianças do Êxodo (2000) ISBN 8571649359
Exodos (2000) ISBN 8571649340
O Fim do Pólio (2003) ISBN 8535903690
Um Incerto Estado de Graça (2004) ISBN 9722109839
O Berço da Desigualdade (2005) ISBN 8576520389
África (2007) ISBN 3822856223  

 

... uma vergonha para o Estado de Goiás

Um monumento ao desperdício 

Prestes a completar 103 anos de idade, o arquiteto Oscar Niemeyer tem uma única pendência na vida: resolver um calote de 200 mil reais que levou do governo de Goiás. A dívida diz respeito ao projeto do Centro Cultural Oscar Niemeyer, um elefante branco de 17 mil metros quadrados, na entrada de Goiânia, levantado ao custo de 60,8 milhões de reais, mas abandonado desde que foi inaugurado, inacabado, pelo então governador Marconi Perillo, no último dia de seu mandato, em 30 de março de 2006. A obra, no entanto, foi entregue ao eleitor sem estar concluída ou paga, com erros de cálculo estrutural e sob suspeita de superfaturamento. Trata-se de um complexo formado por museu, biblioteca, teatro e um monumento aos direitos humanos. Abandonados há quatro anos, os prédios estão em franca degradação física.

Definido por Marconi Perillo, no discurso de inauguração, como “um ícone da Marcha para o Oeste puxada por Juscelino Kubitschek”, o Centro Cultural acabou por se transformar num monumental pepino a cair no colo do governador Alcides Rodrigues, do PP. Ele assumiu o governo em 2006, quando Perillo renunciou para concorrer ao Senado Federal, para então reeleger-se, no mesmo ano, para o cargo, com o apoio do tucano. Hoje, rompido com o antigo aliado, recusa-se a reiniciar as obras antes do pronunciamento final do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o assunto. Herdou, além da obra inacabada, o constrangimento de fazer parte de um calote dado no arquiteto centenário que dá nome ao complexo cultural.

Gerente do projeto, o arquiteto João Niemeyer, sobrinho-neto de Oscar, tentou diversos contatos com o governo de Goiás para receber a parte que falta ao escritório da família – cerca de 200 mil reais, de um total de 2 milhões de reais –, mas não teve sucesso. De acordo com a assessoria do governador Rodrigues, não será possível buscar uma solução antes de saber a decisão final do TCE. Politicamente, isso significa que a coisa ainda deverá demorar um bocado, apesar da idade avançadíssima do principal interessado no caso, justamente o arquiteto que dá nome ao Centro Cultural.

Embora fora do governo estadual, Marconi Perillo, em quase oito anos de mandato, aparelhou politicamente o TCE, onde ainda mantém grande influência, inclusive sobre o relator do processo do Centro Cultural, o conselheiro Naphtali de Souza, também ex-governador do estado. Por essa razão, não há quem aposte numa solução antes das eleições de outubro.

CartaCapital esteve no Centro Cultural. A primeira visão que se tem do lugar é o da pirâmide vermelha bolada pelo arquiteto, uma representação artística feita em favor dos direitos humanos. Exposta ao sol, mas sem manutenção, o monumento desbotou. Virou uma pirâmide rosa. Abaixo dela, galeria e auditório apodrecem aos poucos. As instalações elétricas pendem do teto, as cadeiras estão cobertas de poeira e um dos vidros blindex foi quebrado e substituído por uma placa de compensado de madeira. A sala de exposições levou o nome de Célia Câmara, mãe de Jaime Câmara Júnior, dono da maior rede de comunicação de Goiás, inclusive a TV Anhanguera, retransmissora da TV Globo. Trata-se de um forte aliado de Marconi Perillo.

Nada se compara, no entanto, ao estado geral da biblioteca. Projetada para abrigar 140 mil livros, o prédio, todo de vidro fumê, é um esqueleto gigante onde se abrigam dezenas de fileiras de estantes vazias. A estrutura interna está completamente comprometida pelas infiltrações e pela oxidação das partes metálicas que não foram pintadas, como corrimões e esquadrias de sustentação. Há buracos no forro do teto onde, por entre teias de aranha, despencam fios, canos e luminárias. No terraço, 78 peças de vidro fumê, da época da construção, estão escoradas numa parece onde alguém escreveu, com giz de cera vermelho: “Prove o abandono”.

O mais grave é que, em novembro de 2005, portanto, quatro meses antes da inauguração, o então diretor de Obras Civis da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Luiz Antonio de Paula, informou ao governo Marconi Perillo da impossibilidade de a biblioteca receber livros. Um ofício assinado por ele, encaminhado ao então presidente da Agência Goiana de Cultura (Agepel), Nasr Nagib Chaul, informava que somente o primeiro pavimento do prédio, de quatro andares, poderia ser utilizado como biblioteca “em face às sobrecargas adotadas pelo calculista estrutural”. Ou seja, se encher de livro, o edifício vem abaixo.

O relatório do TCE, baseado em vistorias e análises contábeis, não só enumera uma grande quantidade de problemas estruturais, de trincamentos a infiltrações nas paredes, como aponta uma série de sobrepreços (superfaturamento) ao longo da construção, orçada, inicialmente, em 37,4 milhões de reais, mas que consumiu, até agora, 60,8 milhões de reais. A construtora contratada pelo governo, Warre Engenharia, calcula que ainda faltam pelo menos 10 milhões de reais para o Centro Cultural ficar, definitivamente, pronto. “Temos todo interesse em concluir o centro, mas não podemos fazer nada até o pronunciamento final do Tribunal de Contas”, justifica Linda Monteiro, atual presidente da Agência de Cultura, a qual o Centro Cultural ficará subordinado, quando pronto.

O senador Marconi Perillo afirma que o abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer foi premeditado por seu sucessor e ex-aliado Alcides Rodrigues a fim de desgastá-lo politicamente. Perillo é candidato ao governo de Goiás nas eleições de outubro e trava uma briga cada vez mais acirrada com Rodrigues. Segundo o senador tucano, “99%” da obra estava concluída quando o complexo foi inaugurado. “O problema é que o governador, que era meu vice e estava na inauguração elogiando o projeto, me traiu”, diz Perillo. “Se eu tivesse continuado no governo, teria concluído o restante da obra em 30 dias”, garante.

“Inaugurei o que estava pronto”, explica, para justificar a entrega da obra ainda inacabada. Segundo o senador, havia o compromisso público de Alcides Rodrigues em não só completar o complexo cultural, mas, também, pagar o arquiteto Oscar Niemeyer. “Eu deixei o dinheiro empenhado para isso”, afirma. “O governador resolveu, por capricho, deixar de terminar uma obra tão importante para o povo de Goiás”, acusa Perillo, com extrema candura a despeito do tom vibrante.

... cuidado com as nossas adolescentes...

Pessoas anorécticas têm grandes taxas de gordura nos ossos

Por mais que pareça um paradoxo, pessoas com anorexia nervosa têm altos níveis de gordura na medula óssea. Esta conclusão, constatada por investigadores do Children's Hospital, em Boston, resultou da análise de ressonâncias magnéticas dos joelhos de 40 raparigas com a idade média de 16 anos, sendo que metade do grupo tinha anorexia nervosa e as outras 20 eram saudáveis.

 

 “É um contra-senso que uma mulher jovem e magra com quase nenhuma gordura subcutânea seja capaz de armazenar gordura na sua medula óssea”, referiu Catherine Gordon, investigadora principal deste estudo publicado no “Journal of Bone and Mineral Research”.

As imagens das ressonâncias magnéticas foram analisadas por radiologistas que desconheciam o quadro clínico das jovens que colaboraram neste estudo. E o verificado foi que, comparativamente com o grupo de controlo composto pelas raparigas saudáveis, as jovens que sofriam de anorexia apresentavam um maior conteúdo de gordura nos ossos, visualizada como medula amarela, e menos de metade do conteúdo da medula vermelha.

De acordo com os autores, a medula óssea vermelha é funcional e altamente produtora de células, estando presente no corpo humano principalmente até os 25 anos de idade. A partir dessa faixa etária, esse tipo de medula é, aos poucos, substituído pela medula amarela que possui baixa funcionalidade e é formada por gorduras.

Estes resultados vão ao encontro do que...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

...aqui se faz, aqui se paga!!!

Blowback: o legado da CIA no Irã, Afeganistão e Paquistão

O mínimo que se pode dizer é que no Irã, Afeganistão e Paquistão os EUA colhem hoje o que a CIA plantou com a colaboração de gente como o deputado Charlie Wilson. Osama Bin Laden foi treinado pela CIA para atacar os russos; gostou e atacou depois o World Trade Center em Nova York. E as bombas atômicas do Paquistão (real) e do Irã (hipotética) devem-se, ao menos em parte, à igual cortesia da CIA. A situação atual destes três países reflete o passado irresponsável da espionagem dos EUA. O artigo é de Argemiro Ferreira.


A imagem do herói no cavalo branco a salvar a mocinha das garras do vilão, seja este assaltante de banco ou índio em defesa de suas terras invadidas, é recorrente na ficção de Hollywood. O deputado Charlie Wilson morreu, aos 76 anos, no dia 10 de fevereiro, certo de que era herói na vida real. Motivo: no Congresso injetou bilhões de dólares para financiar os que lutavam contra os russos no Afeganistão.

Ao morrer do coração Wilson já estava aposentado. Mas ele representou o Texas por 14 mandatos sucessivos na Câmara. Um livro (“Charlie Wilson’s War - The Extraordinary Story of the Largest Covert Operation in History”, de George Crile) e um filme (“Charlie Wilson’s War”, de Mike Nichols, com Tom Hanks no papel-título) o retrataram como herói.

A semana marcou ainda o 31° aniversário da revolução dos aiatolás do Irã, ocorrida apenas alguns meses antes da invasão do Afeganistão. Os iranianos derrubaram o regime do xá Reza Pahlevi, instalado em 1953 graças a golpe planejado pela mesma CIA que usou as verbas secretas do deputado Wilson para recrutar e armar os radicais islâmicos do lado paquistanês da fronteira com o Afeganistão.

O mínimo que se pode dizer é que no Irã, Afeganistão e Paquistão os EUA colhem hoje o que a CIA plantou com a colaboração de gente...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

... cuidado com as nossas crianças...

Estudo associa gosto compulsivo por doces na infância com depressão  

2010-02-11
Apesar de a maioria das crianças gostar de doces, um estudo americano publicado na revista Addiction revelou que o gosto compulsivo por bolos, chocolates, rebuçados ou bebidas muito açucaradas na infância pode estar relacionado com depressão ou com um maior risco de futuros problemas com álcool.


De acordo com os investigadores do Monell Chemical Senses Center, nos EUA, o estudo realizado com crianças entre os cinco e os 12 anos mostrou que as que eram “viciadas” em produtos muito doces apresentavam com maior frequência sintomas de depressão e tinham maioritariamente um familiar próximo com problemas de alcoolismo.



As três centenas de crianças avaliadas, sendo que metade tinha casos de alcoolismo na família, tiveram de experimentar cinco bebidas doces, com diferentes quantidades de açúcar. Para além de terem sido questionadas sobre a bebida que mais lhes agradava, também lhes foram colocadas questões para verificar se tinham sintomas de depressão.

Um quarto das crianças revelou sintomas depressivos, mas as 37 que elegeram a bebida mais doce (continha 24 por cento de sacarose, o equivalente a 14 colheres de chá de açúcar numa xícara de água) como a sua favorita, para além dos sintomas de depressão, apresentaram um histórico familiar de dependência de álcool.

De acordo com os investigadores, embora o gosto por doces e álcool provoque muitos dos mesmos circuitos de recompensa do cérebro e o consumo de doces seja necessário para as crianças deprimidas se sentirem melhor, esta investigação não esclareceu se o gosto por doces está relacionado com mecanismos bioquímicos ou, por outro lado, com a educação.

Os investigadores consideram então que, apesar de estas conclusões serem “interessantes”, um estudo não é suficiente para fazer generalizações, pelo que será necessária mais investigação nesta área.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

...entre o passado e o futuro




O Brasil, entre o passado e o futuro

Em uma co-edição da Boitempo e da Editora da Fundação Perseu Abramo, o livro "Brasil, entre o passado e o futuro" busca contribuir com o debate sobre o que virá após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tanto, contou com a colaboração de alguns intelectuais – integrantes do governo ou não – que nunca deixaram de pensar e sistematizar ideias sobre o processo em curso no país: Marco Aurélio Garcia, Emir Sader, Marcio Pochmann, Guilherme Dias, Luiz Dulci, Nelson Barbosa, José Antonio Pereira de Souza e Jorge Mattoso. Além dos artigos, completa o volume uma entrevista com a ministra Dilma Rousseff, feita por Garcia, Sader e Mattoso.

"Brasil, entre o passado e o futuro" reúne ensaios de pensadores da cena política e intelectual brasileira, que buscam assimilar e analisar as intensas transformações ocorridas no Brasil nos últimos sete anos. Os textos se debruçam sobre o passado recente do país, na tentativa de desvendar diversos aspectos da realidade brasileira, como sua dinâmica econômica, social, política e cultural.

Em uma co-edição da Boitempo e da Editora da Fundação Perseu Abramo, o livro busca contribuir com o debate sobre o que virá após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tanto, contou com a colaboração de alguns intelectuais – integrantes do governo ou não – que nunca deixaram de pensar e sistematizar ideias sobre o processo em curso no país: Marco Aurélio Garcia, Emir Sader, Marcio Pochmann, Guilherme Dias, Luiz Dulci, Nelson Barbosa, José Antonio Pereira de Souza e Jorge Mattoso. Além dos artigos, completa o volume uma entrevista com a ministra Dilma Rousseff, feita por Garcia, Sader e Mattoso.

O livro apresenta um conjunto de dados, análises e propostas de ensaístas comprometidos com um projeto de país que será o centro do debate nas disputas eleitorais de 2010. Busca, assim, trazer uma contribuição interpretativa sobre o momento atual, vislumbrando transformar o futuro.

Ensaios e autores

Brasil, de Getúlio a Lula
Emir Sader

O Brasil herdado
Jorge Mattoso

A inflexão do governo Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda
Nelson Barbosa e José Antonio Pereira de Souza

A sociedade pela qual se luta
Guilherme Dias e Marcio Pochmann

Participação e mudança social no governo Lula
Luiz Soares Dulci

O lugar do Brasil no mundo
A política externa em um momento de transição
Marco Aurélio Garcia

Um país para 190 milhões de brasileiros
Entrevista com Dilma Rousseff

Publicamos a seguir o texto de apresentação do livro organizado por Emir Sader e Marco Aurélio Garcia:

Tem sido dito – com certa razão – que a grande transformação econômica, social e política pela qual o Brasil vem passando nos últimos sete anos não foi, até agora, objeto de uma reflexão mais aguda, como ocorreu em outros períodos de nossa história republicana.

Os textos que compõem este livro pretendem sanar em parte esse vazio, na perspectiva dos que valorizam positivamente as mudanças em curso no país. Eles buscam contribuir para a compreensão do Brasil contemporâneo – de seu passado, de seu presente e do seu futuro. São um conjunto de análises que abordam diferentes temas vinculados à herança recebida pelo governo Lula, às transformações realizadas por este e às propostas para sua consolidação, aprofundamento e desdobramentos futuros.

Trata-se de contribuições individuais, advindas de óticas distintas. Elas convergem, no entanto, no projeto de “um país para todos”, expresso pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), em sua entrevista, quando fala da necessidade de seguir construíndo “um Brasil para 190 milhões”.

Parte-se das origens do Brasil contemporâneo, passando pela herança econômica recebida por Lula, pela evolução de sua política econômica, pelas novas relações com os movimentos sociais, pelo lugar do Brasil no mundo e chega-se a um novo desenho das relações sociais, em função das extensas transformações que o país atravessa.

Os textos apontam para a necessidade de teorizar não em abstrato, mas a partir da prática desse governo. É a clareza sobre os obstáculos enfrentados, sobre os avanços realizados e o potencial aberto para o futuro que permitirá ao país seguir trilhando o caminho da emancipação econômica e social até aqui percorrido.

Pretendemos contribuir para a mais ampla discussão que as forças do campo popular e a cidadania em geral necessitam desenvolver. Assim o Brasil poderá assumir, com consciência e mobilização, os desafios que o projetem como uma sociedade justa, solidária, soberana e humanista.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Fórum Nacional pela Primeira Infância


06 março – 12 dezembro de 2010
Brasil
Coopere, apóie, participe e colabore, desenvolva ações em sua região!
Una-se, integre-se a esta iniciativa!
Missão: Promover a cooperação duradoura entre os diversos segmentos da sociedade no sentido de fomentar a adoção de políticas públicas de estado que dêem integral cumprimento ao artigo 227 da Constituição Federal.

National Forum on Early Childhood
March 06th - December 12th  2010
Brazil
Cooperate, support, participate and collaborate!
Join us in this effort!
Our mission is to promote the long-term cooperation among the various segments of Brazilian society in order to foster the adoption of public policies that will effectively implement the Article 227 of the Federal Constitution of Brazil.

O objetivo geral deste fórum é a mobilização da sociedade e governos em todos os estados brasileiros, entre março e dezembro de 2010, realizando um amplo diálogo, no intuito de desenvolver, definir e difundir diretrizes e ações estratégicas aplicáveis às políticas públicas de estado e práticas privadas relativas à primeira infância em todas as suas dimensões e âmbitos bem como a promoção da cidadania e dos direitos humanos relativos à criança em todo o território nacional, incluindo de forma universal e irrestrita todas as iniciativas, programas, entidades governamentais e não governamentais e pessoas envolvidas ou interessadas no intercambio inter e transdisciplinar de idéias, conhecimentos, práticas e experiências de forma transversal, intersetorial e interministerial relativas ao direito das crianças. 

Desta forma, será um espaço para a troca de experiências com representantes do poder público, setor privado, pesquisadores, estudiosos e lideranças comunitárias para o trabalho através de redes de cooperação, incentivando o dialogo junto a outros públicos e territórios estratégicos para o fomento de iniciativas de desenvolvimento comunitário.

Agenda não disponivel ainda.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Antonio Gramsci - Intelectuales y Educación

Contra a exploração de crianças e adolescentes

Combate à exploração de crianças e adolescentes mobiliza mais de 180 entidades e órgãos governamentais

A imagem de que o Brasil é um local com exploração de crianças e adolescentes está mudando. Atualmente diversas ações envolvem mais de 180 parceiros em todo o País, e os resultados aparecem em números, como o balanço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, conhecido como Disque 100. As ações do Disque 100 vão além de receber as denúncias, pois uma equipe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) acompanha os casos até que a proteção das vítimas esteja garantida. Fora isso,  mais de 40 órgãos do governo federal trabalham em ações contra abusos às crianças e adolescentes.

Em quase sete anos o serviço telefônico realizou mais de 2,4 milhões de atendimentos. A média do ano passado foi de 82 denúncias por dia. “Além de receber a denúncia nós acionamos uma rede de proteção e responsabilização”, explica a Carmen Oliveira,  subsecretária  nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, da SEDH. O Disque 100 mantém operadores que foram treinados não apenas para orientar as vítimas, mas para encaminhar, em menos de 24 horas, a denúncia às autoridades competentes do município ou do estado.

A SEDH está trabalhando no sentido de  fortalecer os diversos disque denúncias que existem no País. “Nós temos desde o ano passado desenvolvido  instrumentos  para colaborar com os canais de denúncias locais, como exemplo: a sistematização da metodologia do Disque 100 e a criação de um sistema de registro de denúncias informatizado, todo construído em software livre, e que será disponibilizado aos parceiros. O Disque 100 foi também fortalecido estruturalmente, por isso,  há um aumento na capacidade de recebimento de denúncias, que não significa necessariamente o aumento de casos”, diz Carmen Oliveira.
O serviço funciona diariamente das 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. A ligação é gratuita e o usuário não precisa se identificar. Também é possível fazer denúncia pelo e-mail
disquedenuncia@sedh.gov.br.   
  

As diversas ações em prol das crianças e dos adolescentes envolvem praticamente toda a estrutura dos governos. “Nós queremos destacar que o Governo Federal hoje tem mais de 40 ações em diferentes ministérios trabalhando com esse tema. Isso envolve educação, saúde, desenvolvimento social, justiça, Minas e Energia, Infraero, Petrobrás, entre diversos outros parceiros importantes. Então hoje a gente considera essa uma das mais bem sucedidas experiências de intersetorialidade do Governo Federal”, diz.

Com o bloco na rua

As campanhas publicitárias no Carnaval contra a violência às crianças e adolescentes representam algumas das ações para sanar o problema. No entanto, segundo a SEDH, a maioria dos casos são registrados durante todo o ano, e não em datas específicas.

“Uma pesquisa recente que nós desenvolvemos, numa dessas cidades turísticas, que é Fortaleza, levantamos um dado surpreendente, que 2/3 das crianças e adolescentes que estão em exploração sexual, o agressor não é um turista, mas sim um morador local. Então nós estamos desenvolvendo hoje novas estratégias nas cidades pensando justamente nessa abordagem com os moradores locais, e não apenas com o segmento de turismo, que são hotéis, restaurantes ou beira da praia”, diz Carmen Oliveira, da SEDH.

A mobilização da sociedade e do governo em volta da campanha é grande. Atualmente mais de 180 parceiros da sociedade e do governo trabalham unidos nas 14 capitais em que a campanha é desenvolvida. “Vai desde os governos estaduais, prefeituras, quanto empresas, universidades, centros de defesa, juizados”, diz Carmen. A campanha deste ano “Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime. Denuncie! Procure o Conselho Tutelar de sua cidade ou disque 100” já está nas ruas e contará, entre outros materiais, com camisetas, bonés, abanadores e adesivos. “Nos últimos anos temos sido mais incisivos com o mote de que exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, chamando a atenção para o fato de que, além de ser uma violência contra a criança e o adolescente,  é um crime passível de punição”, finaliza.

Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Nº 983 - Brasília, 10 de Fevereiro de 2010