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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Explica, mas não justifica!!!

JC e-mail 3933, de 20 de Janeiro de 2010.

9.18% dos jovens não estudam, diz Ipea

Causas do abandono são trabalho e gravidez precoce; livro também aponta demora para deixar a casa dos pais

No país, 18% dos jovens entre 15 e 17 anos não estão na escola. O dado faz parte do livro Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). A principal causa para o abandono da escola entre os homens é a oportunidade de trabalho e, entre as mulheres, a gravidez precoce.


No capítulo sobre gravidez na adolescência, o livro destaca a necessidade de um novo olhar sobre a questão. Os autores ressaltam que nem sempre a gestação é indesejada, como se costuma dizer - muitas vezes, as jovens fazem dela seu projeto de vida. Já os meninos podem enxergar na situação a chance de serem vistos como homens.


De acordo com os autores, se a conotação negativa fosse retirada da gravidez na adolescência, as políticas públicas seriam mais eficazes.


O estudo também mostra que essa parcela da população está saindo da casa dos pais mais tarde. Em 1982, 63,1% dos jovens entre 15 e 29 anos residiam com os pais. Em 2007, esse porcentual aumentou para 68,3%.


"O tempo na escola está sendo ampliado. Há uma transição mais longa de uma situação da adolescência para a vida adulta", explicou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.


O livro aponta que a parcela de jovens entre 15 e 19 anos que só trabalha caiu praticamente pela metade em 25 anos. Em 1982, 40,2% dos jovens nessa faixa etária só trabalhavam; em 2007, essa parcela caiu para 21,6%. O índice de jovens que só estuda aumentou de 27,2% para 41,3%.


O livro revela que a oferta de cursos supletivos no Brasil é insuficiente. Isso fica claro pelo número elevado de jovens entre 18 e 29 anos que frequentam o ensino regular.


O estudo comprova a queda do número de jovens no Brasil: em 1980, representavam 29% da população; hoje são 26%. A previsão é que, em 2050, caia para 19,1%.


Para Pochmann, o Brasil "chegou tarde" na execução de políticas públicas para a juventude. O país tem hoje 50,2 milhões de jovens de 15 a 29 anos.

(Eugênia Lopes)

(O Estado de SP, 20/1)

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